Você sabe porquê os pneus tem baixa durabilidade?
Existem os fatores externos que estão fora do controle dos frotistas e os internos como treinamento operacional adequado e continuado dos motoristas, alinhamento e geometria da suspensão de forma periódica, balanceamento dos pneus e manutenção de molas e amortecedores. Porém, há um fator interno não considerado nem utilizado pela maioria dos transportadores e que tem alto impacto na vida dos pneus – a calibragem com nitrogênio.
O ar comprimido entre 110 e 120 lbs/pol², contém 7 a 8 vezes mais oxigênio do que na atmosfera, o que representa uma alta quantidade deste gás no interior dos pneus que são constituídos essencialmente de cadeias de carbono, que por sua vez é um elemento altamente reagente com o oxigênio.
Assim, temos alta pressão no interior dos pneus tornando as moléculas de oxigênio mais excitadas e reagentes, provocando sua migração através da borracha e estrutura do pneu, fazendo com que ele quebre as cadeias de carbono, fragilizando os pneus.
As elevadas temperaturas de operação dos pneus nas estradas brasileiras, aceleram as reações do oxigênio com os pneus. Quando o oxigênio passa a reagir com a borracha, desenvolve micro trincas e acaba por atingir as lonas, percorrendo o pneu em toda a sua extensão podendo acelerar o deslocamento da banda de rodagem. Em casos mais extremos de aquecimento interno pode haver a explosão do pneu pela combustão.
Pneus calibrados com nitrogênio terão o número de vidas que poderão ser obtidas nas reformas, consideravelmente superior aos calibrados com ar comprimido. Além disso, quando forem enviados para reciclagem, poderão ser reciclados em materiais mais nobres.