Uma das grandes preocupações dos hospitais, quando falamos de geração própria de oxigênio, também conhecida como geração on-site, é saber como calcular a capacidade do gerador conforme sua demanda, sem riscos de faltar oxigênio e, ao mesmo tempo, não adquirir um sistema super dimensionado pois nesse último caso, além de uma imobilização de capital desnecessária, haverá um maior consumo de energia na geração do gás que implica em maior despesa mensal. Então, como podemos dimensionar um sistema de geração de oxigênio medicinal, de forma adequada?
Leitos
Inicialmente, precisamos saber o número de leitos (pontos de consumo) de forma separada, uma vez que que os consumos são diferentes nas diversas áreas do hospital. Assim, deve-se quantificar o número de leitos de UTI, salas de cirurgia, salas de recuperação, leitos de pediatria, de emergência e leitos de internação geral (enfermaria e apartamentos). Em alguns estabelecimentos, pode haver sala de nebulização e quando houver, estes leitos também precisam ser informados.
Para o cálculo da necessidade total de oxigênio, existem algumas convenções de consumo por tipo de leito, conforme informamos abaixo:
– UTI – 15 l/min ou 0,9 m³/h
– Centro Cirúrgico – 8 l/min ou 0,5 m³/h
– Sala Recuperação – 15 l/min ou 0,9 m³/h
– Pediatria – 10 l/min ou 0,6 m³/h
– Emergência – 12 l/min ou 0,7 m³/h
– Internação geral – 3 l/min ou 0,2 m³/h
– Sala de Nebulização – 3 l/min ou 0,2 m³/h
Simultaneidade
Além disso, precisamos considerar um fator chamado de simultaneidade, que significa quantos leitos de cada área deverão funcionar, suprindo oxigênio, simultaneamente. Conforme segue:
– UTI – 100%
– Centro Cirúrgico – 100%
– Sala Recuperação – 50%
– Pediatria – 30%
– Emergência – 50%
– Internação geral – 10%
– Sala de Nebulização – 50%
Com essas informações, poderemos calcular a demanda de oxigênio do hospital de uma forma bem fácil, conforme mostramos a seguir, num exemplo hipotético:
– UTI: 5 Leitos
– Centro Cirúrgico – 3 Leitos
– Sala Recuperação – 3 Leitos
– Pediatria – 4 Leitos
– Emergência – 6 Leitos
– Internação geral – 60 Leitos
Assim, nosso cálculo para o consumo de oxigênio será:
UTI = 0,9 (consumo O2 em m³/h) x 5 (número de leitos) x 1 (simultaneidade) = 4,5 m³/h
C.C = 0,5 x 3 x 1 = 1,5 m³/h
S.R = 0,9 x 3 x 0,5 = 1,35 m³/h
Pediatria = 0,6 x 4 x 0,3 = 0,72 m³/h
Emergência = 0,7 x 6 x 0,5 = 2,1 m³/h
Internação = 0,2 x 60 x 0,1 = 1,2 m³/h
Consumo total = 11,37 m³/h
Como os hospitais muitas vezes necessitam de suprimento de Ar Comprimido Medicinal e Vácuo, temos uma planilha para calcular todas as demandas, utilizando valores de consumo convencionados e os mesmos fatores de simultaneidade, porém, as informações deste artigo, poderão auxiliá-los a conferir se o gerador orçado está dentro daquilo que seu hospital necessita.
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